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Mostrando postagens de março, 2012

Lixo - Rejeitado aqui, cobiçado lá fora

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Se a reciclagem de lixo não deslancha no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro, o panorama é bem diferente na Europa, onde há sistemas que funcionam com eficiência há mais de 20 anos. Dados do Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) mostram que a média de reciclagem de embalagens de papel, plástico, alumínio, vidro, madeira e metal nos 12 países mais populosos do bloco chegou a 60% em 2009 — última parcial divulgada. A Bélgica lidera o ranking, gerando 1,64 milhão de toneladas dessas embalagens e reciclando 1,29 milhão, um aproveitamento de 79,07%. Holanda (74,86%), Alemanha (73,43%), República Tcheca (68,83%) e Itália (63,97%) completam a lista dos mais eficientes. Na outra ponta, Grécia (43,82%) e Romênia (40,47%) apresentam percentuais mais baixos. A maior economia do mundo também atinge bons percentuais. Os Estados Unidos recuperaram 46,3% de suas embalagens em 2010, segundo dados da Agência de Proteção Ambiental. O país produz, anualmente, 200 milhões de tone

O passo a passo da coleta de lixo que ainda engatinha

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O carioca que quiser participar da coleta seletiva de lixo precisa de zelo e disciplina. Em primeiro lugar, o caminhão só passa uma vez por semana em cada rua. E só recolhe os recicláveis — plásticos, papéis/papelão, alumínio e vidro — depositados em sacos transparentes, medida que visa a garantir que restos de comida não estão misturados ao material que vai virar insumo para indústrias. Ao acompanhar a coleta seletiva, observa-se apenas alguns poucos desses sacos dispostos nas ruas de Santa Teresa. Às 8h30m, o caminhão saiu da gerência da Comlurb em Botafogo.   A viagem segue pelas ruas Monte Alegre, Riachuelo, Almirante Alexandrino e Dr. Júlio Otoni. Às 11h, o caminhão, com cerca de 2 toneladas de recicláveis (um quarto da capacidade) entra na Usina do Caju, para pesar. — O caminhão está vazio. Na Tijuca, por exemplo, a quantidade de material que a gente pega é bem maior — diz o motorista do caminhão, Marcelo Bonomeddi, de 39 anos. Depois de 150 minutos e 27 quilômetros, a máqui

Ineficientes, usinas de reciclagem de lixo desperdiçam milhões

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Usina da Comlurb em Jacarepaguá Mesmo se toda a população do Rio participasse da cruzada pela reciclagem, a Comlurb não estaria estruturada para tanta demanda. Das três usinas de separação de lixo, que custaram aos cofres públicos R$ 79 milhões, uma foi desativada, outra funciona com um terço de sua capacidade e a terceira opera precariamente. Inaugurada durante a Rio-92, com pompa e circunstância, a usina de triagem do Caju sempre foi uma dor de cabeça para os gestores ambientais da prefeitura. Segundo a atual administração da Comlurb, o Rio comprou gato por lebre: a tecnologia francesa já estava defasada. Usina do Caju, uma constante dor de cabeça A usina do Caju teria dupla função: a de compostagem (processo de transformação da matéria orgânica em fertilizante) e a de separação do material reciclável, para ser devolvido ao setor produtivo. Mas não foi o que aconteceu. — Compraram em 1992 (no governo do prefeito Marcello Alencar) uma tecnologia totalmente ultrapassada. A usi

O exemplo do Japão: lixo é um problema de cada cidadão

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A capital japonesa é uma das cidades mais limpas do mundo, mas nem adianta procurar latas de lixo nas ruas, a não ser em frente às lojas de conveniência. O lixo é um problema de cada cidadão e se desfazer dele adequadamente é lei. O certo, portanto, é levá-lo para casa e separá-lo para a coleta. A divisão dos resíduos varia de uma região para outra e pode englobar mais de dez categorias, de tampinhas a eletrodomésticos (só os pequenos aparelhos, até 30 centímetros, pois os grandes devem ser recolhidos por um serviço especial). É bastante trabalhoso. Mas funciona. Estação de Tokyo, sempre limpa O Japão é um exemplo mundial no campo da reciclagem. Em 2010, 77% dos materiais plásticos foram reciclados. A reutilização de garrafas PET chega a 72% (até 1995, não passava de 3%) e a de latas está em torno de 88%. Com 128 milhões de pessoas e pouco espaço para aterros, principalmente em metrópoles como Tóquio, o país incinera 80% do lixo que produz. Desde a década de 90, vem investindo

Rio de Janeiro sofre com os problemas do lixo

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Aterro Jardim Gramacho, considerado o maior aterro da América Latina Cidade que vai sediar a Rio+20, conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, em junho, recicla apenas 3% de seu lixo (252 toneladas das 8.403 geradas diariamente). A Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana) tem participação mínima nesse percentual já diminuto: só separa 22,68 toneladas, ou 0,27%. Os outros 2,73% ficam a cargo de catadores autônomos ou de cooperativas. Com isso, o Rio — que há 20 anos foi anfitrião do maior encontro sobre meio ambiente da História — joga fora uma oportunidade de se equiparar a metrópoles como Berlim (Alemanha) e Tokyo (Japão), famosas por não desperdiçarem seus recursos naturais. Capitais européias recuperam, em média, 40% de seus resíduos. Infelizmente os cariocas ainda não têm seu lixo reciclado. Os motivos são muitos, a começar pela incipiente coleta seletiva. Desde a sua implantação, em 2002, o serviço não deslancha. Poucos cariocas têm o privilégio de receber

Japão ainda sofre impacto de acidente nuclear

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Um ano após o acidente nuclear em Fukushima, no Japão, o país ainda sofre os impactos econômicos e ambientais causados pelo desastre, e autoridades buscam respostas estratégicas para prevenir ocorrências semelhantes. Representantes do Centro de Cooperação Internacional do Fórum Atômico Industrial do Japão (Jaif-ICC) e da Associação de Pesquisa em Segurança Nuclear (Nsra) estiveram no Rio de Janeiro hoje para falar sobre as mudanças ocorridas no país após o desastre.                                                                                                                               Uma delas foi a criação de uma lei especial de biodiversidade estabelecendo as diretrizes básicas para descontaminação em caso de emergências nucleares. Em vigor no país desde o início do ano, o documento determina os procedimentos para medição do índice de radioatividade das áreas contaminadas e as condutas de coleta, transporte e armazenamento do solo recuperado. Apesar das atividades de desco

Soluções para o Trânsito em São Paulo

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Diariamente ao acessar as redes sociais, observo pessoas postando as seguintes mensagens: - estou preso no trânsito. – está tudo parado por aqui. – estou a mais de uma hora parado no trânsito. Essas manifestações são diárias e constantes, mas faço aqui uma pergunta: além de postar sua indignação nas redes sociais, o que essas pessoas estão fazendo para mudar essa situação? A responsabilidade não é única e exclusiva do Poder Público, todos devem colaborar para a melhoria do trânsito, pois a frota de veículos aumenta a cada dia e os problemas no trânsito só tendem a piorar. Dados do Detran-SP, dão conta de que em 2011 a frota de veículos em São Paulo ultrapassou os 7 milhões de veículos. Os automóveis representam 73%, os motociclistas 12%, ônibus 10% e veículos de carga 5% da frota paulista. Somente a capital paulista representa 32% da frota de todo Estado. Todos esses números explicam os constantes congestionamentos que frequentemente atingem acima dos 100 Km de lentidão. A cidade

Comparativo entre a internet do Brasil e do Japão

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Após passar um bom tempo pesquisando sobre aquele CD raríssimo da sua banda preferida, finalmente após encontrá-lo você clica no link e percebe o tempo necessário para o download terminar... é de perder a vontade, né? Se você estivesse no Japão, antes mesmo de você ver o tempo restante para o download terminar, o álbum já teria sido baixado por completo em sua máquina. Japoneses experimentam internet ultra rapida em feira de informática Pois é... e se você acha os CDs são um exemplo pequeno, saiba que lá as coisas funcionam assim também com vídeos em alta definição. Mas ao contrário de nós, que temos que fazer download desses filmes, eles o assistem por streamming, ou seja, sem nem sequer precisar baixá-lo para o computador. Por isso decidimos comparar a Internet do Japão com a do Brasil e descobrimos que as diferenças vão muito além da velocidade. Acompanhe! Sua internet possui 1Gbps? Não sabe ainda o que é um Gbps? Fique tranquilo pois ninguém aqui no Brasil conhece também (a

Gomennasai - a cultura da desculpa no Japão

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Toda vez que explode um escândalo envolvendo políticos ou grandes empresas no Japão, pode-se ter certeza que, em poucos dias, a mídia do país vai estar saturada de imagens de burocratas ou executivos curvados pedindo desculpas formal e publicamente. O gesto não é um padrão estipulado pela lei. Mais forte do que isso, a cultura do “gomennasai” (peço desculpas) é um ritual necessário em diversos momentos na vida do japonês, seja o motivo grave ou não. De irresponsabilidades que resultam em mortes até o simples fato de se esbarrar em alguém na rua, pedir ou não perdão - por mais absurdo que possa parecer - faz a maior diferença, segundo as tradições nipônicas. Seguindo a formalidade a risca, e dependendo da enrascada em que a pessoa se encontra, um simples acenar com a cabeça e um “gomennasai ” sussurrado bastam. Em casos mais radicais, o culpado faz o “doguezá” (ajoelhar-se com a testa quase encostada no chão) acompanhado de um “moushiwake arimasendeshita ” em alto e bom som (algo

Refugiados de Fukushima com futuro ainda incerto

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Um ano depois de serem obrigados a abandonar suas residências após a catástrofe nuclear de Fukushima, dezenas de milhares de refugiados ainda enfrentam um futuro de incerteza, sem saber quando ou se poderão retornar para casa. Alguns que fugiram das nuvens radioativas expelidas pelos reatores após a passagem do tsunami de 11 de março de 2011 podem ser autorizados a retornar dentro de alguns anos, quando as localidades forem descontaminadas. Mas outros correm o risco de esperar décadas, porque algumas cidades se tornaram muito perigosas e inabitáveis. Doze meses depois do desastre, poucos refugiados receberam as indenizações esperadas da empresa Tokyo Electric Power (Tepco), que administra a central Fukushima Daiichi. Confrontadas com o poder deste grande grupo empresarial, as vítimas se consideram "formigas atacando um elefante". "Continuamos vivos. Ainda não estamos mortos", afirma um arrozeiro de 70 anos, cujos cultivos ficavam a apenas quatro quilôme

Reflexos da catástrofe no Japão

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Neste dia 11 de março, completa um ano   do grande terremoto seguido de tsunami que devastou a região norte do Japão, que por consequência atingiu a usina nuclear de Fukushima, ocasionando a explosão dos reatores contaminando toda a região. O Japão é um dos países que mais se investe em treinamento contra desastres naturais. São realizados palestras e treinamento em escolas, indústrias, condomínios residenciais e vários programas especiais na televisão. treinamento para terremotos nas escolas Mas tudo isso de nada adiantou frente à força da natureza, que veio de forma devastadora, pegando a população de surpresa, deixando todos inertes e sem reação. As consequências da catástrofe foram gigantescas, milhares de mortos e desabrigados, cidades inteiras destruídas, e agora passado um ano lutam pra a reconstrução, mas contam com muitas dificuldades, principalmente a falta de mão-de-obra, pois com o acidente na usina nuclear e a consequente contaminação radioativa, milhares de morado

Vítimas do tsunami têm dificuldade para retomar vida normal no Japão

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Quem chega a uma das cidades destruídas pelo tsunami que devastou o Japão no ano passado percebe uma aparente normalidade, embora as marcas do desastre, que deixou mais de 15 mil mortos, ainda estejam lá. o duro trabalho de reconstrução Quando um morador é abordado, o olhar distante e a fala embargada denunciam que um ano foi pouco tempo para que estas vítimas pudessem esquecer uma das maiores tragédias naturais já vividas pelo país. Segundo uma pesquisa feita pelo jornal Nikkei, cerca de 60% dos 37 prefeitos de cidades e vilas japonesas ouvidos disseram que a retomada das atividades normais ainda é muito lenta. Keiko Katayama, de 67 anos, afirma que a família não consegue levar uma vida normal. 'Meus netos choram por qualquer motivo e morrem de medo de chegar perto do mar, meu filho não consegue trabalho, gastamos grande parte das nossas poupanças e não sabemos o que será do futuro', desabafou. Pouca oferta de trabalho, problemas de moradia e dificuldade para frequent