Japão é campeão de reciclagem de latas de alumínio
O Brasil vem aos poucos
se tornando um dos campeões de reciclagem de latas de alumínio, mas ainda
distante de números como o do Japão, por exemplo, onde o nível de
conscientização da população faz com o país seja uma referência mundial em
reciclagem.
Diferente do Brasil,
onde o trabalho de coleta de latas é feitos pelos recicladores, pessoas que
sobrevivem do dinheiro da venda de latinhas, no Japão o trabalho é feito pelos
próprios consumidores dos produtos, que separam as latas em suas residências.
A Associação de
Reciclagem de Latas de Alumínio do Japão anunciou no seu relatório anual de
atividades que, em 2013, essas operações atingiram a porcentagem recorde de
92,9% no Japão. Uma taxa superior a 90% coloca o país no nível mais alto do
mundo. Latas de alumínio são utilizadas na venda de bebidas, alimentos
processados e querosene. Desde que a lei sobre reciclagem de vasilhames e
embalagens entrou em vigor em abril de 2000, a taxa de reciclagem de latas de
alumínio aumentou bastante. A lei obriga
empresas a reciclarem as latas.
Na década de 1980 a taxa de reciclagem de latas de aço girava em torno dos 40%.
Essa taxa foi subindo durante a década de 90 e a primeira década deste século.
Um dos motivos foi a colaboração bem sucedida entre 3 parceiros: as companhias
fabricantes e comerciantes de bebidas em lata, a coleta de lixo feita pelos
municípios e os consumidores.
Ao lado das máquinas de refrigerante sempre há uma lixeira |
Não há dúvida que a lei de reciclagem de vasilhames e embalagens ajudou a
propulsionar as operações. Contudo, os esforços dos municípios e das
fabricantes de bebidas também desempenharam um papel importante. Os municípios
criaram vários sistemas de separação do lixo. Por exemplo, latas e garrafas de
plástico e garrafas de vidro são recolhidas em dias diferentes da semana. As
próprias fabricantes de bebidas tiveram a iniciativa de colocar lixeiras para
recolher latas usadas ao lado de máquinas de vender refrigerantes.
Na verdade, nas décadas de 1970 e 1980, latas de bebidas não alcoolicas usadas
eram deixadas por toda a parte no Japão, prejudicando a imagem das cidades.
Isso acabou gerando um problema social, por isso empresas do setor começaram a
coletar as latas usadas. Depois disso, a quantidade de lixo continuou aumentando,
e o próximo grande desafio foi encontrar depósitos de lixo. Talvez o principal
incentivo que resultou na taxa de reciclagem mais alta do mundo tenha sido a
voz do público, que pediu uma resolução da questão do lixo acima de tudo.
Como a capacidade de reciclagem já quase chegou ao seu limite, o desafio futuro
será como manter essa alta taxa. Um desafio maior do que a reciclagem em si é
diminuir o volume total de lixo tornando os vasilhames mais leves.
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